SELF

29 dezembro, 2015

O QUE ESPERAR DE 2016

Natal e fim de ano são eventos simbolicamente marcados pelas ideias respectivas de paz e renovação. 

 "Que o fim de 2015 nos permita repensar as escolhas e condutas que nos
 conduziram, individual e coletivamente, à nossa situação atual."

Há interessante significação nessa ordem das coisas. Não existe renovação sem a necessária paz interior. A vida desafia constantemente o indivíduo ao crescimento, individual ou coletivo, impondo dificuldades e problemas que exigem criatividade e reinvenção. 

Muitas vezes, esses desafios se traduzem em verdadeiras tempestades. O momento atual do país é exemplo fácil disso. A grave crise econômica causando desempregos, a falência do sistema de saúde, o total descrédito das instituições políticas diante das revelações de uma cultura de corrupção aparentemente sem limite algum. O quadro desalentador gera a natural revolta social, a polarização das ideias, discussões que despencam para as acusações e agressividade infrutífera. 

Porém, é essa mesma tormenta que força a nação a buscar novos rumos, a sair do conformismo cômodo e a rever seus valores éticos. A reconstrução, contudo, exige paz. Não a beatífica, imobilista, que mais se aproxima da paralisação improdutiva, mas a que substitui o grunhido da raiva pela reflexão e modificação construtiva do comportamento pessoal e coletivo. 

Que o fim de 2015 nos permita repensar as escolhas e condutas que nos conduziram, individual e coletivamente, à nossa situação atual. E, asserenando os ânimos, quem sabe não transformamos 2016 numa oportunidade de reestruturação profunda de nossa vida pessoal e social, rumo a um futuro de realizações positivas marcantes. Boas reflexões.